LEILÕES DE IMÓVEIS NO ÚLTIMO TRIMESTRE
- 2019-12-31
Os proprietários dos imóveis eram os bancos BBVA e MILLENNIUMBCP e ainda Fundos de Investimentos Imobiliários, sendo que o último leilão constituiu uma inovação em Portugal a que chamámos “leilão invertido”.
Como em todos os nossos leilões, os preços de venda são preços especiais de oportunidade, com uma grande diferença neste caso: os preços começavam num determinado valor de arranque e os lances seguintes iam descendo até alguém licitar.
Vem daí o nome de leilão invertido, pois o habitual é os valores arrancarem num valor chamado de saída e depois irem subindo com lances sucessivamente mais altos.
Neste caso, a cada imóvel foi atribuído um valor base de licitação (“valor de arranque”), valor esse que foi gradualmente reduzido, a critério do pregoeiro, até alguém na sala estar interessado em adjudicar por esse valor, momento em que alguém dá o primeiro lance.
Essa primeira oferta interrompe a queda de preço e, a partir desse momento, os clientes podem formular lances mais altos, seguindo a logística de um leilão tradicional.
Há sempre um valor mínimo pelo qual o proprietário está disposto a vender o imóvel, embora possa receber ofertas que estejam abaixo desse valor pré-definido. Quando o último lance era igual ou superior ao valor de reserva condicionada, o imóvel era automaticamente vendido. Se o último lance fosse inferior ao valor previamente definido, ficava sujeito ao proprietário aceitar, ou não, o valor apresentado, ou o licitante subir a sua oferta.
Este modelo inovador baseia-se no chamado “leilão holandês”, utilizado na Holanda para venda de tulipas, produto perecível que tem de ser vendido no dia ao preço possível.
Concluindo, foi um formato que se revelou muito interessante, pelo seu carater inovador e desafiante, porque além de ser muito estimulante para todos os envolvidos, também deu origem a que houvesse ganhos recíprocos.